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Sigmund Schlomo Freud (1856, Freiberg, Áustria – 1939, Londres, Reino Unido)

Sigmund Freud é o fundador da psicanálise e suas teorias transformaram a compreensão da mente humana. Ele introduziu os conceitos de id, ego e superego, descrevendo diferentes instâncias da psique e seus papéis na formação da personalidade. Freud também desenvolveu o modelo de desenvolvimento psicosexual, com as fases oral, anal, fálica, latente e genital, e enfatizou a importância das experiências infantis. Além disso, ele criou a técnica da livre associação e identificou mecanismos de defesa como a repressão. Seus trabalhos mais influentes incluem Die Traumdeutung (A Interpretação dos Sonhos, 1899), Zur Einführung des Narzissmus (Sobre a Introdução do Narcisismo, 1914) e Das Unbehagen in der Kultur (O Mal-Estar na Civilização, 1930).

Sándor Ferenczi (1873, Miskolc, Hungria – 1933, Budapeste, Hungria)

Sándor Ferenczi fez importantes contribuições à psicanálise com sua abordagem das relações interpessoais e experiências traumáticas. Ele introduziu o conceito de “identificação projetiva” e destacou a importância da empatia e da relação terapêutica. Além disso, explorou a noção de “confusão de papéis” na análise, oferecendo uma visão mais dinâmica das interações terapêuticas. Suas principais publicações incluem Thalassa: Política e Teoria do Sexo (1930) e Psicologia do Eu e Psicoterapia (1928).

Carl Gustav Jung (1875, Kesswil, Suíça – 1961, Küsnacht, Suíça)

Carl Gustav Jung fundou a psicologia analítica e introduziu conceitos como o inconsciente coletivo e os arquétipos, que são imagens e símbolos universais presentes no inconsciente coletivo e moldam a experiência humana. Jung também abordou o processo de individuação, que é o caminho de desenvolvimento pessoal para a realização do self. Seus conceitos de “tipos psicológicos” e o “estádio do espelho” são fundamentais para a compreensão da formação da identidade. Suas obras principais incluem Psychological Types (Tipos Psicológicos, 1921) e Man and His Symbols (O Homem e Seus Símbolos, 1964).

Melanie Klein (1882, Viena, Áustria – 1960, Londres, Reino Unido)

Melanie Klein é uma figura central na psicanálise infantil e na teoria das relações objetais. Ela desenvolveu as noções de “posições esquizoparanóide” e “depressiva”, que descrevem estados emocionais primitivos que influenciam a personalidade. Klein enfatizou a importância das fantasias inconscientes e das dinâmicas intrapsíquicas no desenvolvimento emocional. Suas principais obras incluem The Psycho-Analysis of Children (A Psicanálise das Crianças, 1932) e Envy and Gratitude (Inveja e Gratidão, 1957).

Otto Rank (1884, Viena, Áustria – 1939, Nova Iorque, EUA)

Otto Rank é conhecido por suas contribuições ao estudo do trauma do nascimento e suas implicações no desenvolvimento psíquico. Rank introduziu a ideia de que o nascimento é um evento fundamental que molda a psique e influencia o desenvolvimento emocional e as relações interpessoais. Ele também explorou a relação entre desejo criativo e busca por imortalidade. Seus trabalhos importantes incluem Das Trauma der Geburt (O Trauma do Nascimento, 1924) e Die Künstlerische Schöpfung (A Criação Artística, 1932).

Karen Horney (1885, Hamburgo, Alemanha – 1952, Nova Iorque, EUA)

Karen Horney fez contribuições significativas à psicanálise com seu foco na cultura e na psicologia feminina. Ela criticou as teorias freudianas sobre a psicologia feminina e o complexo de Édipo, propondo em seu lugar a teoria da neurose e o conceito de “necessidades neuróticas”. Horney abordou também a influência da cultura e das relações interpessoais na formação da personalidade. Suas principais publicações incluem The Neurotic Personality of Our Time (A Personalidade Neurótica de Nosso Tempo, 1937) e Our Inner Conflicts (Nossos Conflitos Internos, 1945).

Sabina Spielrein (1885, Rostov-on-Don, Rússia – 1942, Rostov-on-Don, Rússia)

Sabina Spielrein foi uma das primeiras mulheres a se destacar na psicanálise, contribuindo com importantes ideias sobre pulsões e psicologia do desenvolvimento. Spielrein explorou as pulsões destrutivas e criativas e a dinâmica entre essas forças na formação da personalidade. Ela influenciou Freud e Jung com suas teorias sobre o impacto das pulsões na psicologia humana. Suas principais publicações incluem Destruction as the Cause of Coming into Being (Destruição como Causa da Criação, 1912) e On the Psychological Role of the Sexual Excitation (Sobre o Papel Psicológico da Excitação Sexual, 1913).

Anna Freud (1895, Viena, Áustria – 1982, Londres, Reino Unido)

Anna Freud foi uma figura chave na psicanálise infantil e na expansão da teoria psicanalítica. Ela desenvolveu a psicanálise infantil e aprofundou o estudo dos mecanismos de defesa, introduzindo o conceito de “defesas do ego” e destacando a importância da relação terapêutica. Suas contribuições ajudaram a compreender melhor a psicologia infantil e a terapia analítica. Suas obras principais incluem The Ego and the Mechanisms of Defence (O Ego e os Mecanismos de Defesa, 1936) e Introduction to the Technique of Child Analysis (Introdução à Técnica da Análise Infantil, 1965).

Donald Winnicott (1896, Plymouth, Reino Unido – 1971, Londres, Reino Unido)

Donald Winnicott fez contribuições significativas para a psicanálise infantil com conceitos como o “espaço transicional” e o “objeto transicional”. Winnicott enfatizou a importância do ambiente e da relação mãe-bebê para o desenvolvimento emocional saudável e introduziu as noções de “true self” e “false self”. Seus conceitos são fundamentais para compreender o desenvolvimento emocional e a terapia infantil. Suas obras principais incluem The Maturational Processes and the Facilitating Environment (Os Processos Maturacionais e o Ambiente Facilitador, 1960) e Playing and Reality (Brincando e Realidade, 1971).

Wilhelm Reich (1897, Dobzau, Áustria – 1957, Portland, EUA)

Wilhelm Reich integrou a teoria psicanalítica com a fisiologia e a teoria social, introduzindo o conceito de “energia orgástica” e estudando a relação entre tensão muscular e saúde mental. Reich abordou também a influência da sexualidade na psicologia e propôs métodos para liberar a energia sexual reprimida. Suas principais obras incluem The Function of the Orgasm (A Função do Orgasmo, 1927) e Character Analysis (Análise do Caráter, 1933).

Wilfred Bion (1897, Matura, Índia – 1979, Londres, Reino Unido)

Wilfred Bion fez contribuições significativas para a teoria das relações objetais e o entendimento dos processos grupais. Ele introduziu o conceito de “função alfa”, que se refere à capacidade de transformar experiências sensoriais brutas em pensamentos e significados psíquicos. Bion também explorou o conceito de “padrões de pensamento” e o impacto das dinâmicas grupais no funcionamento mental. Suas principais publicações incluem Learning from Experience (Aprendendo com a Experiência, 1962) e Elements of Psychoanalysis (Elementos da Psicanálise, 1963).

Jacques Lacan (1901, Paris, França – 1981, Paris, França)

Jacques Lacan reformulou a psicanálise com sua reinterpretation da teoria freudiana. Ele introduziu conceitos como o “estádio do espelho”, que descreve o desenvolvimento da identidade através da imagem do próprio corpo, e a divisão da psique em “real”, “imagário” e “simbólico”. Lacan enfatizou a importância da linguagem e da estrutura simbólica na formação da identidade e dos distúrbios psíquicos. Suas obras influentes incluem Écrits (Escritos, 1966) e Le Séminaire (O Seminário, 1953-1981).

Erik Erikson (1902, Frankfurt, Alemanha – 1994, Harvard, EUA)

Erik Erikson é conhecido por sua teoria do desenvolvimento psicossocial, que introduz o conceito de “crises psicossociais” ao longo da vida, moldando a identidade do indivíduo em oito estágios de desenvolvimento, desde a infância até a velhice. Sua teoria destaca a importância das experiências sociais e culturais no desenvolvimento da personalidade. Suas principais publicações incluem Childhood and Society (Infância e Sociedade, 1950) e Identity: Youth and Crisis (Identidade: Juventude e Crise, 1968).

André Green (1927, Paris, França – 2008, Paris, França)

André Green contribuiu significativamente à teoria psicanalítica e à psicopatologia com seus conceitos de “objetos negativos” e o “buraco negro” no processo psíquico. Ele abordou o impacto das perdas e das experiências traumáticas na estrutura do self, explorando como essas experiências moldam a psique. Suas principais publicações incluem The Work of the Negative (O Trabalho do Negativo, 1999) e Life and Death in Psychoanalysis (Vida e Morte na Psicanálise, 1986).

Gilles Deleuze (1925, Paris, França – 1995, Paris, França)

Gilles Deleuze, embora não seja um psicanalista tradicional, influenciou profundamente a psicanálise contemporânea com suas ideias filosóficas. Em colaboração com Félix Guattari, Deleuze introduziu conceitos como “rizoma” e “máquinas desejantes”, desafiando as noções tradicionais sobre o inconsciente e a subjetividade. Suas obras mais influentes, como Anti-Œdipus (Anti-Édipo, 1972) e A Thousand Plateaus (Mil Platôs, 1980), co-escritas com Félix Guattari, proporcionam uma nova perspectiva sobre a teoria psicanalítica.

Otto Kernberg (1928, Viena, Áustria – vivo)

Otto Kernberg é conhecido por suas contribuições à teoria das organizações de personalidade e ao tratamento de transtornos de personalidade. Ele desenvolveu o conceito de “transtorno de personalidade borderline” e destacou a importância das relações objetais na formação da personalidade. Seus trabalhos influentes incluem Borderline Conditions and Pathological Narcissism (Condições Borderline e Narcisismo Patológico, 1975) e Love Relations: Normality and Pathology (Relações de Amor: Normalidade e Patologia, 1995).

Félix Guattari (1930, Villeneuve-les-Sablons, França – 1992, Paris, França)

Félix Guattari, em colaboração com Gilles Deleuze, desafiou a psicanálise ortodoxa e desenvolveu conceitos como “desencadeamento do desejo” e criticou o “papel central” do complexo de Édipo. Guattari focou na intersecção entre a psicanálise, a política e a subjetividade, oferecendo uma abordagem crítica e inovadora da psicanálise tradicional. Suas principais obras com Deleuze incluem Anti-Œdipus (Anti-Édipo, 1972) e A Thousand Plateaus (Mil Platôs, 1980).


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